Pela primeira vez em mais de dois anos, Serginho, enfim, se livrou das dores. E voou. Depois de cogitar não jogar mais pela seleção brasileira, o líbero, que precisou passar por uma cirurgia na hérnia, voltou à melhor forma e se destacou em meio à irregularidade da equipe em 2011. Dono da melhor recepção da última Copa do Mundo, o jogador garante que reencontrou a felicidade de estar em quadra.
- Eu sempre tive (ânimo para jogar). O que atrapalhava era a hérnia. O disco estava arregaçado. Mas, no treino, eu sempre bagunço. No jogo, eu sempre bagunço. É assim o tempo inteiro. Eu me divirto. E, enquanto continuar me divertindo, vou jogar.
Às voltas com as dores, Serginho afirma que mal conseguia entrar em quadra antes de passar pela cirurgia. Agora, comemora o fato de conseguir jogar sem precisar apelar para os remédios.
- Eu estou feliz. Tinha dois anos que eu não sabia o que era jogar sem dor. Em 2009, foi o auge da dor e, ainda assim, fui eleito o melhor líbero, não sei como. Agora, jogo sem precisar tomar remédio. Quer coisa melhor? - disse.
Corintiano fanático, Serginho não conseguiu acompanhar a última rodada do Brasileirão, quando o time conquistou o pentacampeonato. Ainda assim, deu um jeito de descobrir o resultado dos jogos antes de chegar a São Paulo.
- Não consegui ver o jogo, estava voltando para o Brasil. Mas assim que pisei no aeroporto na escala, liguei o telefone. Já tinham umas 500 ligações falando. Pena que na seleção não tem nenhum palmeirense. Eu sou corintiano mesmo, vou ao Pacaembu. Não sou de ficar vendo jogo pela TV. Faço parte do "bando de loucos" - brincou.
A discussão com Bernardinho durante a partida contra a Argentina, na Copa do Mundo, ficou para trás. Serginho, porém, admite que o desempenho da seleção foi abaixo do esperado. Ainda assim, ressalta que o principal foi alcançado.
- O objetivo, claro, era ser campeão. Queremos o título em qualquer competição. Mas também tinha a vaga em jogo. E conquistamos. Imagina ter que jogar de novo para buscar a vaga?
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