Mário Jr. se espelha em Serginho para virar referência







Por mais potentes que sejam os ataques adversários, lá está ele para fazer a bola subir. O líbero da seleção brasileira de vôlei vibra a cada grande defesa - e não são poucas. Só que não é mais Serginho que dá peixinhos incríveis na seleção brasileira de vôlei. Depois de mais de uma década de conquistas, o Escadinha não é mais um dos pilares do time de Bernardinho. Ele passou o bastão para um amigo que quer seguir seus passos e virar referência na posição. Único líbero na seleção que disputa a fase final da Liga Mundial a partir desta quarta-feira, Mário Junior se firma cada vez mais como o sucessor de Serginho.

- Todo jogador quer ser referência na sua posição, mas isso só vou conseguir com o tempo. Isso se conquista com títulos. O Serginho ganhou muitos, por isso ficou marcado. Quem sabe eu consiga ter uma longa projeção na seleção, ficar até 2016 e fazer também uma pequena histórica com meu nome - disse o líbero, que defende o Rio de Janeiro, atual campeão da Superliga.

Mário Junior festeja defesa contra a Polônia pela Liga Mundial (Foto: Divulgação/FIVB)

Aos 31 anos, Mário Junior não é novato na seleção brasileira. Nos últimos quatro anos, ele foi o reserva imediato de Serginho. Teve a oportunidade de acompanhar de perto o amigo e ídolo. Os dois chegaram a dividir quarto em concentrações, conversavam muito e jantavam juntos. Na hora de ir à quadra, porém, Escadinha dava seu show de defesas, enquanto Mário Junior raras vezes foi protagonista.

- Fui o segundo líbero nos últimos anos. Ele me passava muitas dicas. Eu olhava todos os movimentos, todos os gestos dele desde que cheguei à seleção. Tive a oportunidade de substituir o Serginho no Mundial de 2010, quando ele teve uma lesão. Pude dar conta do recado, supri a necessidade do Brasil por um líbero. Sou muito grato a ele.

Por causa de uma hérnia de disco, Serginho ficou fora de ação em 2010. Mário Júnior agarrou a chance de ser o primeiro líbero da seleção, foi o melhor da posição na Liga Mundial e ajudou o time de Bernardinho a conquistar o tricampeonato mundial. Na ocasião, ele acabou marcado por uma polêmica declaração - o líbero admitiu que o Brasil entregou um confronto com a Bulgária para pegar um caminho mais fácil, mas ele se desculpou e colocou ponto final na questão.

Agora, ele se diz pronto para assumir o posto de Escadinha por um período mais longo. Durante a primeira fase da Liga Mundial, o líbero teve altos e baixos. Fez grandes defesas nos duelos com a Polônia e os Estados Unidos, mas ficou aquém do seu potencial diante da França.  Mário Junior, então, foi colocado em xeque, não por Bernardinho que por vários pediu para pararem às comparações com Serginho. Os fãs da seleção, porém, acostumaram-se com as grandes exibições dos líberos brasileiros e ficaram com um pé atrás. Só que o jogador minimiza o peso de substituir o amigo.

Vôlei, Mário Jr desembarque São Paulo (Foto: Wagner Carmo / Vipcomm)

- Não me incomodo com as comparações. Ele foi o primeiro da posição, todos vão sempre lembrar a carreira dele na seleção. Ele é o Serginho, o melhor de todos. Sou o sucessor, mas depois vão vir outros. O importante é o Brasil estar sempre no pódio.

Bernardinho até deu uma chance para Alan contra a Bulgária, mas foi Mário Junior quem ficou com a vaga para a fase final, em Mar del Plata, na Argentina. Será dele a missão de evitar os pontos da Rússia, na quarta-feira, e do Canadá, na sexta. Será a oportunidade de o líbero conquistar os fãs mais desconfiados, se bem que a aprovação mais importante ele já tem: o de Escadinha.

- O Serginho me parabenizou pelos jogos que fiz, especialmente contra a Polônia; Somos amigos e mantemos contato. Ele me falou para seguir assim.


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