Serginho é o escolhido para orientar garotos da Seleção







 . Foto: Wander Roberto/Vipcomm/Divulgação

Serginho sorri durante noite de autógrafos nesta quarta-feira, em São Paulo

Presente nas principais conquistas da Seleção Brasileira de vôlei, como sete títulos da Liga Mundial, dois da Copa do Mundo, dois do Mundial e um ouro olímpico, o líbero Serginho é um dos mais experientes da equipe comandada pelo técnico Bernardinho. E esse é um dos motivos pelo qual o treinador escolheu o jogador para ser uma espécie de orientador dos jovens talentos que vestem a camisa verde e amarela. A experiência e a simpatia são tantas que no Sesi, clube em que defende na Superliga masculina de vôlei, Serginho já foi apelidado de "presidente".

"Hoje eu tenho um objetivo: liderar essa rapaziada que está chegando, até por causa dessa renovação. Ele (Bernardinho) me deu essa missão, dentro e fora de quadra. Até porque criamos um respeito com os jogadores que é muito grande. Lá não se pode fazer o que quiser, porque tem planejamento sério e temos que manter isso. Faço bem essa parte, porque tem que ter esses líderes em um time. Esse foco, essa forma de jogar e treinar, dificilmente outro esporte tem. Essa molecada escuta e no Sesi é assim, tanto é que me chamam de presidente, até mesmo o Murilo fala isso. Então eu meio que estou mandando", disse o sempre brincalhão Serginho.

Questionado se tinha como objetivo os Jogos Olímpicos de 2012, em Londres, Serginho respondeu rapidamente. "Meu objetivo é acordar para treinar amanhã".

Serginho está na pré-lista de Bernardinho para a Liga Mundial após ter anunciado que pretendia não defender mais a Seleção Brasileira. No entanto, o líbero admitiu que conversou com o treinador antes de mudar de ideia e voltar a vestir a camisa verde e amarela.

"Nunca falei que ia sair da Seleção. Conversei com o Bernardo, ele colocou alguns pontos, eu coloquei outros e acertamos algumas coisas, até porque tenho 35 anos e não posso treinar igual aos garotos de 18. Tenho quatro parafusos nas costas e ele sabe disso, mas ele não pode esquecer. Porque se ele esquecer me coloca para treinar igual um cavalo. Hoje estou bem. Não tenho dor nas costas e estou bem, porque depois do vôlei tenho uma vida né? Tenho que jogar meu futebol, por exemplo", afirmou Serginho.

Quando questionado se, quando parasse de jogar vôlei, seguiria os passos do atual técnico do Sesi, Giovane, o líbero da Seleção não titubeou e logo afirmou que essa carreira não serve para ele. "Não penso em ser técnico. Deus me livre. Não tenho esse perfil. Prefiro estar junto com a molecada passando essa experiência que tenho, como líder. Quero estar perto, mostrando os caminhos para seguir", disse o jogador.

Como de costume, Serginho voltou a brincar para falar do "comandante" Giovane, com quem já atuou dentro de quadra. Os dois jogaram juntos na conquista do ouro olímpico em Atenas 2004 e o líbero fez questão de elogiar o "patrão".

"Como jogador ele era um monstro, um dos melhores do mundo. Tem que fazer uma estátua pra ele e agora está fazendo a parte dele como técnico. Claro que tem seus defeitos e é claro que ele quer aprender. Às vezes pergunta se está bom, dá abertura para o jogador poder falar. Ele está evoluindo, crescendo como técnico, tanto é que lideramos o primeiro, o segundo turno e estamos na final da Superliga", completou o jogador.

O Sesi está na final da Superliga e aguarda o vencedor da partida entre Vôlei Futuro e Cruzeiro para saber quem será o adversário da decisão.


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