O Brasil ocupa apenas o quarto lugar na classificação da Copa do Mundo mas, nas estatísticas, a defesa verde e amarela aparece em destaque no campeonato. Os números absolutos apontam Serginho como o líbero mais eficiente e segundo melhor passador do torneio, atrás apenas do polonês Michal Winiarski. Feliz por estar em boas condições físicas, o paulista diz que preferia trocar o destaque individual – foi eleito o melhor em quadra na partida contra a Rússia - por mais vitórias da seleção.
- Nunca dei atenção a esse tipo de estatística. Eu quero é ganhar e não ser destaque individual. Mas fico contente de ver que, hoje, com 36 anos, continuo jogando como se tivesse com 26. E acho que até melhor, pois, com o passar do tempo, acabamos conhecendo os atalhos para as vitórias. Até o ano passado, eu tinha um problema que me fazia jogar com dor. A partir do momento em que eu consegui solucionar, facilitou muito para o meu lado – disse o atleta, referindo-se a uma operação para tratar hérnia de disco em 2010.
Além da função técnica, Serginho também tem papel importante na orientação tática e na liderança da equipe. Na partida contra a Argentina, ao defender Murilo, chegou até a trocar ofensas com o técnico Bernardinho. O líbero fez questão de minimizar o episódio e ressaltar o lado positivo da ligação que faz entre o treinador e o restante da equipe.
- Às vezes, vemos um jogo de dentro da quadra e outro do lado de fora. Consigo observar enquanto estou no banco e, na volta, aviso alguma coisa. Acabo ajudando de outra forma, na comunicação com os companheiros e tentando ser um orientador dentro da quadra. Sem contar que consigo levar algumas orientações do Bernardo.
O dia da discussão, porém, também foi o da última vitória do Brasil na competição. Depois de superar a Argentina, a equipe foi derrotada por Cuba e Sérvia. Para recuperar posições na tabela e garantir a vaga para as Olimpíadas de Londres-2012 (os três primeiros se classificam), o líbero vê uma solução simples.
- Temos que diminuir a quantidade de erros e, consequentemente, vamos jogar bem. São nove pontos em três jogos, e precisamos fazer o que sabemos, que é ir para a quadra e encarar qualquer desafio. Estamos todos conscientes disso e confiantes para esses três jogos.
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